Olimpíadas no Brasil #PqNão?

E daí, como estão? Hoje, quis tratar de um assunto que não me saiu da cabeça... Esse post fará parte do desafio do QG dos Blogueiros, cuja temática propõe apresentar a #PqNão para poder entrar no rol de uma nova etapa do Blog; temos de elaborar textos que sobre coisas que geralmente não falamos, portanto, um verdadeiro desafio de estímulo para nós que sempre estamos buscando propor assuntos atuais e divertidos... Então, vamos lá ;)

Outro dia estava fazendo uma prova, cuja temática estipulada era o posicionamento acerca de o Brasil ter sediado não somente as Olimpíadas, como também outros eventos de cunho internacional. Fiz um apanhado breve, esquematizei o que gostaria de apresentar como argumentação e iniciei a defesa do meu ponto de vista diante da nossa realidade mesmo.

Ora, temos de entender que desde que soubemos que nosso país sediaria o evento, ‘choveu’ críticas umas até positivas outras negativas; mas, todos (a seu modo) quiseram opinar. Bom, penso que mesmo que haja investimentos e estímulo na geração de renda, tem-se também a ausência de recursos básicos, tais como: saúde, educação e segurança. Daí, entra o nosso senso crítico. Temos de saber distinguir a linha tênue que separa o fato de não termos esse suporte, por parte do poder público e nos anularmos internacionalmente para os eventos esportivos. Cabe a pergunta, será que não seria um “suicídio internacional”?

Então, por que não pensamos que os investimentos nas nossas necessidades básicas deveriam ser corriqueiras e constantes? Por que somente despertamos um olhar mais crítico e agressivo em períodos curtos de tempo? Qual a real motivação que temos por anular nossos direitos constitucionais básicos, para suportarmos tantos escândalos e desvios de verbas? Acredito que se tomássemos posturas distintas diante de nosso próprio cotidiano, não sofreríamos tanto quanto o reflexo da realidade que nos assola.

Uns dirão que basta que façamos uma eleição mais consciente ou que até mesmo anulemos nosso voto, que deixemos de exercer a cidadania, haja vista que nossa democracia está por ruir. Sinto muito mas, terei de discordar nesse aspecto. Sabem pq? Pelo simples fato de perceber que não encontramos forças para sermos patriotas, bravos e perseverantes.

Estamos sempre leigos, apáticos e conformados com nosso dia a dia. Isso é triste, e aqueles que ‘nos representam’, aproveitam-se dessa lacuna para fazer-nos de tolos. Inclusive, alguns programas e oportunidades são vistos como maravilhas, mas gente, não é de nosso total direito ter acesso à comodidade e benefícios? Pq exaltamos ações breves e paliativas? Cabe o comparativo do retrocesso secular à estratégia política de Roma: pão e circo.

Quanto tempo será que teremos de enfrentar essa descrença em nós mesmos? Gostaria que fosse com brevidade, mas infelizmente a consciência e o espírito de cidadania teria de aflorar com tamanha força que seria como uma explosão, isso é utopia.

Daí, temos que imaginar diversas realidades, principalmente dos que estão à margem do convívio social, como por exemplo, as pessoas que sofrem com a ausência de água, comida e eletricidade. Como despertar esperança nessas pessoas? Como ensinar-lhes que existe uma realidade tão diferente à uns quilômetros da sua terra natal? Nossa, como é difícil... ter de imaginar que nosso país é tão poderoso, com reservas naturais esplêndidas e potencial gigantesco para fazer o bem, acaba por ser submetido ao desprazer da omissão; sem nos envolver, acabamos tornando o anormal em normalidade.

Um de meus docentes, apresentou-nos uma imagem semelhante à essa aqui embaixo, e nos questionou qual o erro. Vejam se encontram...

E daí, acharam? Sabe qual o “erro”? A imagem está de cabeça para baixo, mas qual o motivo da nossa percepção estar tão distorcida? Nada além do hábito em aceitarmos o inaceitável com naturalidade.